segunda-feira, 11 de novembro de 2019

O Pálio de Siena, glória da cidade medieval na Civilização Cristã (5)

Palio de Siena, corrida, a cidad medieval.

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Continuação do post anterior: O Pálio de Siena, onde o passado glorioso da Civilização Cristã entra no presente (4)




O prêmio pertence ao santo patrono

No pátio do Palácio Público surgem os dez cavalos com os seus jóqueis, e são vagarosamente conduzidos ao ponto de partida, onde se colocam em ordem pré-estabelecida por sorteio, e esperam.

O juiz dá um sinal, cai a corda que os retém, da multidão irrompe um clamor imenso, os cavalos disparam.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

O Pálio de Siena, onde o passado glorioso da Civilização Cristã entra no presente (4)

Palio di Siena, a cidade medieval

Luis Dufaur
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Continuação do post anterior: O Pálio de Siena, relíquia palpitante de vida da Civilização Cristã (3)



 Uma cidade revive seu passado

O cortejo histórico do Pálio de Siena é mais do que uma simples reconstituição arqueológica.

É a revivescência da tradição de uma cidade, pela qual um povo toma consciência de si mesmo, de seu passado, de seus valores, de sua personalidade e de seus traços característicos.

No brilho e no pitoresco dos trajes medievais, com seu talhe esbelto, com a variedade de seus adornos, capacetes, couraças, plumas, emblemas, se refletem as glórias antigas da cidade.

Mas se espelha sobretudo a alma de um povo, com seu talento artístico, sua vivacidade, sua riqueza de expressão, suas virtudes.

Nada a ver com os espetáculos de massa das cidades hodiernas. É isto, mais que tudo, que explica o entusiasmo em meio do qual o desfile decorre.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

O Pálio de Siena, relíquia palpitante de vida da Civilização Cristã (3)

Palio di Siena, a cidade medieval

Luis Dufaur
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Continuação do post anterior: O Pálio de Siena, relíquia palpitante de vida da Civilização Cristã (2)


Entre a "prova generale" e a "provaccia", um banquete

Nos dias que antecedem a corrida, a cidade toda se agita com os preparativos.

A municipalidade anuncia em termos solenes a sua próxima realização, as contradas se aprestam, as casas são enfeitadas, preparam-se as vestes para o desfile, ninguém comenta outra coisa senão o Pálio: Siena vai viver seu grande dia.

A corrida tem regras muito peculiares, a começar pelo sorteio dos cavalos entre as contradas.

Os capitães escolhem os dez melhores entre os animais que podem concorrer, e cada um destes recebe um número, colocado sob a sua orelha direita; uma criança, retirando de uma urna um número e de outra um nome, decide a qual contrada será entregue cada cavalo.

Palio di Siena, cavalo, a cidade medieval
Aconteça o que acontecer, a escolha pela sorte não pode ser mudada.

Em duas ocasiões sucedeu de um cavalo morrer durante os treinos: os representantes da contrada infeliz desfilaram na festa com uma tarja na bandeira e uma capa preta nos tambores silenciosos.

As montarias são levadas para as respectivas contradas, onde são tratadas e vigiadas com grande cuidado. O capitão sorteia o jóquei, que poderá, conforme sua atuação, tornar-se famoso ou execrado.

Começa então uma série de treinos, para habituar os cavalos com a saída e com os perigos do percurso.

Na tarde da véspera todos correm, já vestidos com seus uniformes, a "prova generale", após a qual participam de um grande banquete. E na manhã do grande dia há um último treino, a "provaccia".

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

O Pálio de Siena, relíquia palpitante de vida da Civilização Cristã (2)

Palio di Siena, a cidade medieval
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Continuação do post anterior: Siena e seu Palio: relíquia que vibra ainda pelo impulso da vida da Civilização Cristã (1)


 Em louvor da Virgem

O Pálio não é apenas uma festa esportiva e guerreira, é também uma comemoração religiosa.

A primeira corrida se realiza no dia 2 de julho, em honra da Madona de Provenzano, e a segunda a 16 de agosto, em louvor de Nossa Senhora da Assunção.

Esta especial devoção dos sienenses para com a Mãe de Deus, a Quem elegeram como Padroeira da cidade, tem origens muito antigas.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Siena e seu Palio: relíquia que vibra ainda
pelo impulso da vida da Civilização Cristã (1)


Luis Dufaur
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Quem viaja pela Toscana e chega de noite a Siena atravessa majestosas muralhas e percorre ruas antigas e tortuosas, cheias de mistérios e de encanto.

Assim chega até a Piazza del Campo, centro da história da cidade através dos séculos. Se sobe pela Via di Cittá encontra a catedral, das mais lindas joias da arte medieval italiana, na riqueza de seus mármores e mosaicos.

Então, a pessoa sente a impressão de ter penetrado num mundo de sonhos.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Gôndolas: um meio de transporte original
herdado da Veneza medieval

Cada góndola é feita à medida do gondoleiro
Cada góndola é feita à medida do gondoleiro
Luis Dufaur
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As gôndolas negras deslizam pelos canais de Veneza ostentando os sinais de um pequeno, mas requintado grupo de artesãos que mantêm vivos os métodos tradicionais de construção, informou a “Folha de S.Paulo”.

Cerca de 700 anos atrás, existiam 7.000 delas em Veneza, mas seu uso cotidiano foi suplantado pelo de barcos mais modernos.

Restam 433, primordialmente dedicadas a atender as saudades dos turistas.

O construtor de gôndolas Roberto Tramontin explica que uma gôndola demora dois meses para ser construída, leva 280 peças de madeiras diversas, como limoeiro, carvalho, mogno, nogueira, cerejeira, abeto, lárix e olmo, e custa cerca de € 38 mil (R$ 123 mil).

A madeira é tratada durante até um ano antes de ser modelada na forma cilíndrica ligeiramente assimétrica, o que permite a um único gondoleiro conduzir a embarcação em linha reta.

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Deslumbrante crescimento não planificado
do comércio medieval

A atividade comercial recuperou as vías fluviais pouco aproveitadas
A atividade comercial recuperou as vías fluviais pouco aproveitadas
Luis Dufaur
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Cada cidade possuía, num grau difícil de imaginar nos nossos dias, a sua personalidade própria, não somente exterior, mas também interior, em todos os detalhes da sua administração, em todas as modalidades da sua existência.

São geralmente, pelo menos no Midi, dirigidas por meirinhos, cujo número varia: dois, seis, por vezes doze; ou ainda um único reitor reúne o conjunto dos cargos, assistido por um preboste que representa o senhor, quando a cidade não tem a plenitude das liberdades políticas.

Muitas vezes ainda, nas cidades mediterrânicas faz-se apelo a um poderoso (podestà), instituição muito curiosa.

O poderoso é sempre um estrangeiro (os de Marselha são sempre italianos), ao qual se confia o governo da cidade por um período de um ano ou dois.

Em toda parte onde foi empregado, este regime deu inteira satisfação.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

O charme borbulhante da vida urbana medieval

Uma feira franca em Gand. Félix de Vigne (1806-1862), Musée des Beaux-Arts de Gand
Uma feira franca em Gand.
Félix de Vigne (1806-1862), Musée des Beaux-Arts de Gand
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A partir da época em que cessam as invasões, a vida transborda os limites do domínio senhorial.

O solar começa a não se bastar mais a si próprio, toma-se o caminho da cidade, o tráfego organiza-se, e em breve, escalando as muralhas, surgem os subúrbios.

A partir do século XI, é o período de grande atividade urbana.

Dois fatores da vida econômica até então um pouco secundários, o ofício e o comércio, vão adquirir uma importância de primeiro plano.

Com eles crescerá uma classe, a burguesia, cuja influência será capital para os destinos da França, ainda que o seu acesso ao poder efetivo date apenas da Revolução Francesa, da qual será a única a tirar benefícios reais.

Pelo menos o seu poder vem de muito mais longe, porque desde a origem ela ocupou um lugar preponderante no governo das cidades.

E os reis apelavam voluntariamente aos burgueses governantes das cidades como conselheiros, administradores e agentes do poder central, nomeadamente a partir de Filipe, o Belo.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Cenas da vida de todos os dias numa cidade medieval

Ambiente de conforto e largueza na casa burguesa
Luis Dufaur
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A cena acontece num lar da burguesia.

Por certo, o homem não é um faminto, mas tem bom apetite.

Olhem com que apetite ele olha para o prato dele! A mulher esta trazendo para ele um pernil.

Eles estão bem agasalhados, o ambiente de conforto que há na casa!

Na outra gravura, um burguês ‒ literalmente: habitante do burgo, quer dizer, da cidade, de classe média ‒ está discutindo com criadores camponeses o preço do animal que está comprando.


Compra e venda numa rua medieval
Vê-se a diferença de categoria: ele está mais bem vestido, tem a sua bolsinha cheia de dinheiro, e é muito mais seguro de si.

Fome nenhum deles está passando, todos eles estão bem. A vida melhor é certamente a do burguês.

O trabalho é sempre tranquilo, sempre distendido e dir-se-ia que era especialmente um mundo de obesos.

Numa pequena rua de comércio há lojinhas.

Os fregueses estão conversando; os artigos estão expostos à venda e vê-se trabalhadores manuais.

Outros conversam ou negociam numa mesa bem regada com vinho ou alguma cerveja.

São artesões e alguns produzem a coisa in loco.

Mais uma vez trabalho ao ar livre, trabalho em condições higiênicas, trabalho cômodo.

Nenhum deles está na correria louca de uma pessoa que anda por São Paulo na Avenida Paulista, ou no Rio de Janeiro na Avenida Central.

Todos estão numa vida normal, numa vida calma, só falta sorrir.




GLÓRIA CRUZADAS CASTELOS CATEDRAIS HEROIS ORAÇÕES CONTOS SIMBOLOS
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segunda-feira, 10 de junho de 2019

A festa de Corpus Christi: modelo de festividade religiosa na cidade medieval

O corporal com as gotas do divino Sangue do milagre de Bolsena na saída da basílica de Orvieto
O corporal com as gotas do divino Sangue do milagre de Bolsena na saída da basílica de Orvieto
Luis Dufaur
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Neste ano 2021 a festa de Corpus Christi se comemora o dia 3 de junho.



A festa de Corpus Christi é dedicada a honrar e adorar o Santíssimo Corpo e Sangue de Jesus Cristo realmente presente na Eucaristia, sob as aparências do pão e do vinho.

Corpus Christi é a manifestação pública da fé no dogma da Presença Real na Hóstia consagrada. Daí as belas procissões realizadas no mundo inteiro.

No Brasil, de norte a sul, cidades enfeitam suas ruas com encantadores “tapetes” de flores para glorificar o Deus humanado.

A festa de Corpus Christi foi inspirada a uma religiosa agostiniana, Santa Juliana de Cornillon (1193–1258), a quem Deus revelou a conveniência para a Igreja dessa celebração.

Santa Juliana foi superiora da abadia de Mont-Cornillon de Liège (Bélgica), fundada em 1124.

A partir dela surgiu um movimento eucarístico que incentivou várias práticas de adoração à Hóstia Consagrada, como a Exposição e a Bênção do Santíssimo Sacramento.

Deus pediu a Santa Juliana, abadessa de Mont-Cornillon,
a celebração da festa do Corpus Christi
Em 1246, Santa Juliana pediu ao bispo de Liège, Dom Roberto de Thorote, a instituição da festa de ação de graças pela presença real, em Corpo e Alma, de Nosso Senhor na Eucaristia.

O Bispo concordou com a celebração na diocese, mas não chegou a ver cumprida a solenidade, pois falecera no mesmo ano.

Em 1250 o Cardeal Cher, também de Liège, instituiu em toda a diocese a nova festividade com o nome de “Fête-Dieu”.

A primeira vez foi realizada no interior da igreja de Saint-Martin, num cerimonial dirigido pelo próprio Cardeal.

Entretanto a primeira procissão de Corpus Christi realizada publicamente, ocorreu em 1264 — há mais de 750 anos — nas ruas da cidade de Orvieto na Itália.

Ela vem sendo realizada todos os anos e certamente constitui a mais bela manifestação pública em honra do Santíssimo Sacramento, embora muitas outras, como a de Toledo, possam ser mencionadas pelo seu brilho e piedade.

Em 11 de agosto de 1264, o Papa Urbano IV estendeu a todo o Orbe católico a Festa de Corpus Christi.

Ele ordenou com a bula Transiturus de hoc mundo que fosse celebrada publicamente e de modo solene pelas ruas e praças.

A data foi fixada para a quinta-feira após o dia da Santíssima Trindade.

Ela é rezada em memória da primeira Missa celebrada por Nosso Senhor, na Última Ceia com os Apóstolos, na Quinta-Feira Santa, quando instituiu o incomparável Sacramento da Eucaristia.

O que determinou decisivamente o Papa para atender os pedidos que se originaram em Santa Juliana na Bélgica?

Um milagre. Mas na Itália e com um sacerdote checo!

Santo Tomás de Aquino compôs os hinos do oficio de Corpus Christi.
Bandeira bordada, Santa Rosa, Springfield, EUA.
Ele aconteceu em Bolsena, na província de Viterbo, diocese de Orvieto, em 1264.

O Padre Peter, oriundo de Praga, empreendeu uma viagem desde a Boêmia, sua região natal, até Roma.

Ele desejava revigorar sua fé na Cidade Eterna, pedir ao Papa alguns esclarecimentos e expor-lhe dúvidas a respeito da doutrina da transubstanciação, a mudança da substância do pão e do vinho em Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, permanecendo, contudo, as aparências do pão e do vinho.

Chegando à cidade de Bolsena, o sacerdote celebrou a Missa na igreja de Santa Cristina.

Foi essa a última vez que o atormentaram as dúvidas de fé sobre a presença Real de Jesus na Santíssima Eucaristia!

No momento da Consagração, na Sagrada Hóstia ocorreu uma transbordante efusão do preciosíssimo Sangue.

Gotas se verteram sobre o corporal (tecido de linho branco que fica debaixo do Cálice), tingindo-o de sangue.

Assustado com aquele inexplicável acontecimento, o sacerdote dubitativo procurou esconder o sagrado corporal, pois julgava que isso ocorrera em castigo devido às suas dúvidas de fé.

Mas o sangue transpôs o linho e quatro gotas caíram sobre os degraus do altar, deixando impressos no mármore sinais evidentes do adorável Sangue.

Não podendo mais ocultar o milagre, foi à procura do Papa Urbano IV que se encontrava em Orvieto, cidade bem próxima de Bolsena.

Ele narrou o acontecido e o Papa fez trazer à sua presença aquele corporal e ordenou uma apuração meticulosa, que resultou na comprovação inequívoca do milagre.

Essa é a origem da edificação da Catedral de Orvieto: a guarda e veneração do sacrossanto Corporal, venerado hoje por muitas peregrinos do mundo inteiro.

O corporal do milagre de Bolsena na procissão de Corpus Christi em Orvieto.
O corporal do milagre de Bolsena na procissão de Corpus Christi em Orvieto.
O mármore sobre o qual pingaram gotas do preciosíssimo Sangue, conserva-se até hoje na Igreja de Santa Cristina de Bolsena, para prodigiosa comprovação da presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Hóstia consagrada.

Naquelas circunstâncias, o próprio Papa Urbano IV pediu a Santo Tomás de Aquino compor cânticos para se festejar com maior esplendor o dia de Corpus Christi.

O Doutor Angélico então compôs cinco hinos em louvor ao Santíssimo Sacramento — o “Lauda Sion”, “Adoro Te Devote”, “Pange Lingua”, “Sacris Sollemnis” e “Verbum Supernum”.

Conta-se que para a criação dos hinos, o Papa também apelou ao grande São Boaventura que estava presente na cidade.

Mas quando o Romano Pontífice fez leitura em voz alta do ofício composto por Santo Tomás, São Boaventura, despretensiosamente, foi rasgando a sua composição enquanto lia o célebre e belíssimo hino “Lauda Sion” (Louva Sião).



Vídeo: Corpus Christi: procissão em Granada (clique na foto)





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segunda-feira, 27 de maio de 2019

Pontes com beleza na cidade medieval

A Ponte dos suspiros, assim chamada porque os réus ali dariam seu último adeus
A Ponte dos suspiros, assim chamada porque os réus ali dariam seu último adeus
Luis Dufaur
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A Ponte dos Suspiros, em Veneza. Quem não a conhece? Reúne dois corredores de palácios.

Tão simples! Tão pequena! É insignificante como obra de engenharia em comparação com qualquer dos nossos minhocões.

Os senhores acham que algum desses minhocões vai passar para a história?

A Ponte dos Suspiros é uma amostra da natureza espiritual da alma humana. Embora tal vez não seja verdade que os condenados à morte passavam por essa ponte, a ideia de que uma ponte chamada dos Suspiros!

Como é nobre suspirar numa ponte, olhando para a água! Como isso é belo! Que bom lugar para suspirar!

terça-feira, 14 de maio de 2019

A revolução industrial medieval: os começos da engenharia moderna


Luis Dufaur
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Uma certa “lenda negra” visceralmente anti-medieval acostumava apresentar a Idade Média como uma era de retrocesso técnico.

Essa visualização anti-histórica movida por um fundo anticristão não resiste mais à crítica científica.

O Professor Raul Bernardo Vidal Pessolani, do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal Fluminens ‒ UFF, vem de publicar a respeito esclarecedora apresentação de Power Point.

A apresentação dispensa comentários e a reproduzimos a continuação:

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Prefeitura: símbolo da autonomia da cidade medieval

Luis Dufaur
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O prédio ao lado não é uma casa de operários? Ou poderia ser tal vez de um monarca absoluto?

Pode se entrever salões magníficos e o vidão que se levava dentro.

Pode se supor, erradamente, esse monarca olhando de cima para baixo o plebeu que andava a pé pela praça.

E seria um julgamento perfeitamente errado.

O prédio é palácio municipal, isto é, sede de uma prefeitura municipal.

Fica na cidade de Wroclaw (Polônia), antigamente Breslau, Alemanha.

Os nobres governavam os campos, mas a cidade era governada com forte preponderância, quando não exclusivamente, pelos plebeus.

quarta-feira, 10 de abril de 2019

O clérigo medieval: um apaixonado por Nosso Senhor Jesus Cristo

São Nizier bispo, Lyon
Luis Dufaur
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Na ordem social medieval é preciso distinguir três categorias essenciais.

A mais alta é a dos clérigos.

O clérigo é por excelência um homem de oração e estudo.

O próprio do clérigo é um modo de considerar a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Não considera a Jesus Cristo como um qualquer que olha e exclama “Aahh!” Não.

O bom clérigo olha para Nosso Senhor com uma espécie de enlevo apaixonado.

Há também o mau clérigo, e esse elogio que eu estou fazendo não cabe a um mau clérigo.

Então, o bom clérigo se caracteriza por uma espécie de paixão por Nosso Senhor Jesus Cristo.