segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Progresso e desenvolvimento das cidades na Idade Média

Construção de uma cidade medieval
Construção de uma cidade medieval
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





A história da evolução de uma cidade na Idade Média é um dos espetáculos mais cativantes.

Cidades mediterrâneas, como Marseille, Arles, Avignon ou Montpellier, rivalizando pela sua audácia com as grandes cidades italianas no comércio de aquém-mar; centros de tráfico, como Laon, Provius, Troyes ou Le Mans; núcleos de indústria têxtil, como Cambrai, Noyon ou Valenciennes; todas demonstraram um ardor, uma vitalidade sem igual.

Obtiveram, além do mais, a simpatia da realeza.

Já que as cidades libertas entravam na enfiteuse real, não procuravam elas por este fato, em seu desejo de emancipação, a dupla vantagem de enfraquecer o poder dos senhores feudais e aumentar com isso inesperadamente o domínio real?

Muitas vezes a violência é necessária, e surgem movimentos populares como em Laon e Le Mans.

Mas, frequentemente as cidades se libertam por meio de trocas, por tratados sucessivos ou simplesmente a preço de dinheiro.

Aí ainda, como em todos os detalhes da sociedade medieval, a diversidade triunfa, pois a independência pode não ser inteira.

Tal parte da cidade ou tal direito particular permanecem sob a autoridade do senhor feudal, enquanto o resto volta para a comuna.

Mapamundi com cidades medievais
Mapamundi com cidades medievais
Um exemplo típico é o de Marselha.

O porto e o bairro baixo, que eram repartidos entre os viscondes, foram adquiridos pelos burgueses, quarteirão por quarteirão, e tornaram-se independentes, enquanto que o bairro alto permanecia sob o domínio do bispo e do capítulo, e só uma parte da baía, em frente do porto, ficou propriedade da abadia de São Vítor.

Em todo caso, o que é comum a todas as cidades é a diligência com que procuram fazer confirmar essas preciosas liberdades que adquiriam, e sua pressa em se organizar, escrever seus costumes, regular suas instituições a respeito das necessidades que lhes eram peculiares.

Seus usos diferiam conforme a especialidade de cada uma delas: tecelagem, comércio, metalurgia, aproveitamento do couro, estaleiros e outras.



(Fonte: Régine Pernoud, “Lumière du Moyen Âge” - Bernard Grasset Éditeur, Paris, 1944)



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4 comentários:

  1. muito boom pra fazer trabalho de historia

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  2. gostaria de saber se é possivel usar alguma das figuras dessa pagina em um trabalho academico

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  3. Gostaria de saber se houve progresso e Desenvolvimento na idade média?

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