segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Paternalismo protetor nas relações de trabalho na Idade Média

Controle de qualidade nas guildas, ou corporações
Controle de qualidade nas guildas, ou corporações
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Eis o que diz o Papa Leão XIII no que toca aos trabalhadores da indústria e do comércio a respeito do paternalismo nas relações de trabalho na Idade Média:

"Os nossos antepassados experimentaram por muito tempo a benéfica influência destas associações (as corporações operárias).

"Ao mesmo tempo que os artesãos encontravam nelas inapreciáveis vantagens, as artes receberam delas novo lustre e nova vida, como o proclama grande quantidade de monumentos.

"Sendo hoje mais cultas as gerações, mais polidos os costumes, mais numerosas as exigências da vida quotidiana, é fora de dúvida que não se podia deixar de adaptar as associações a estas novas condições.

"Assim, com prazer vemos Nós irem-se formando por toda parte sociedades deste gênero, quer compostas só de operários, quer mistas, reunindo ao mesmo tempo operários e patrões: é para desejar que ampliem a sua ação.

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Entre empregador e empregado relações de pai e filho

Patroa e criados na colheita: relacionamento de alma
Patroa e criados na colheita: relacionamento de alma
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Na sociedade medieval os relacionamentos humanos não eram tanto baseados nos contratos de serviço, mas nos contratos pessoais em que um homem se dá inteiro e recebe uma proteção total.

Hoje, os contratos entre patrão e empregado, ou entre patrão e patrão, empregado e empregado, são contratos trabalhistas, contratos de compra, venda, empréstimo, etc., e locação de serviços.

Esse tipo de contratos está restringido aos interesses e vantagens particulares legítimos.

Porém, não se pode dizer que atendem a todos os desejos de relacionamento que existem no homem.

Trata-se de contratos legais onde o relacionamento de alma é secundário ou está ausente. Esta ausência deixa um vazio no espírito.

A sociedade medieval apanhou perfeitamente essa ausência na locação de serviços entre empregador e empregado.

Aliás, as palavras empregador e empregado são muito boas para o mundo do metal e do dinheiro.