quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Variedade e unidade das cidades e burgos medievais acolhia extremos opostos e harmônicos

Cesky Krumlov, na República Checa, capital antiga da região de Rosenberg, possuía a nobreza mais rica e influente do país
Cesky Krumlov, na República Checa, capital antiga da região de Rosenberg,
possuía a nobreza mais rica e influente do país
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs









O espírito católico que permeou a Idade Média, segundo o célebre ensinamento do papa Leão XIII suscitou uma admirável expansão do espírito de cada povo, região, cidade e aldeia.

O resultado no urbanismo foi o aparecimento de cidades com estilos fabulosamente diversos.

Nada havia das cidades monótonas modernas que se repetem a si próprias um pouco por todo mundo.

Cada conjunto humano gestava sem planificação, segundo suas propensões naturais de alma, a cidade que bem entendia.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

As relações patrão-empregado na Idade Média eram de pai para filho

Mestre e aprendiz fabricando tonéis, catedral de Bourges
Mestre e aprendiz fabricando tonéis. Vitral da catedral de Bourges.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






“Todos os membros de um mesmo ofício fazem parte da mesma corporação (antepasado nobre e remoto dos atual sindicato), mas nela não desempenham o mesmo papel.

“A hierarquia vai dos aprendizes aos mestres-jurados, formando o conselho superior da corporação.

“Durante toda a Idade Média, no início as oportunidades são as mesmas para todos, e o aprendiz só não se torna mestre por falta de jeito ou indolência.

“O aprendiz liga-se a seu mestre por um contrato de aprendizagem — sempre esse laço pessoal, caro à Idade Média — comportando obrigações a ambas as partes: para o mestre, a de formar seu aluno no ofício, e seu sustento durante esse tempo; para o aprendiz, obediência a seu mestre e dedicação ao trabalho.

Transpôs-se assim ao artesanato a dupla noção de “fidelidade-proteção”, que une o senhor a seu vassalo.

“Mas como aqui uma das partes contratantes é uma criança de 12 a 14 anos, todos os cuidados são tendentes a reforçar sua proteção.

“Deste modo, por um lado manifesta-se maior indulgência para com suas faltas, estorvamentos e até vagabundagens; por outro, delimitam-se severamente os deveres do mestre: ele não pode ter mais que um aprendiz por vez, para que seu ensino seja frutuoso; não pode explorar seus alunos, descarregando sobre eles uma parte de seu trabalho.