Casa da família de Santa Joana d'Arc, Domremy, França |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Ouvindo nossos elogios inclusive as formas de vida das classes populares na Idade Média, alguém poderia objetar:
“bom, a plebe é a classe mais pobre, e que tem menos condições para se cercar de coisas bonitas. Então, daí decorre que a plebe parece o recanto da feiúra dentro do universo. E pelas mesmas razões pelas quais a nobreza seria o recanto da beleza, a plebe seria o recanto da feiúra.
“Os próprios seres humanos, postos num ambiente nobre, deixam ver mais a sua beleza do que no ambiente plebeu.
“Então o que é que o Sr. vai admirar na pobreza?”
A resposta me salta aos lábios, o presépio de Belém.
Sagrada Família: modelo de dignidade na pobreza |
Quer dizer, ele é descendente do Rei David.
A família de David tinha sido posta fora do trono mas tinha o direito a reinar sobre Israel. São José era o chefe da Casa de David.
Ele tinha sobre Israel um direito como o príncipe imperial D. Luiz de Orleans e Bragança bisneto da Princesa Isabel tem sobre a coroa do Brasil.
O Menino Jesus era, portanto, Filho de Rei.
Agora, O imaginem não no presépio de Belém com as vaquinhas e os boizinhos dando bafo em cima d’Ele, etc., mas no mais belo palácio da terra.
São Miguel, Santa Catarina e Santa Margarida aparecem a Santa Joana d'Arc, Bois Chenu |
E que muita coisa na plebe foi posta feia e pobre para que se realçassem valores que nela aparecem e florescem?
E é preciso saber entender e compreender isto.
Todos se lembram da figura histórica de Santa Joana d'Arc.
Heroína virginal que quando a França feudal, a França do heroísmo e da cavalheirosidade estava no chão, debaixo do pé conquistador da Inglaterra, foi suscitada numa aldeiazinha muito humilde, com um nome que soa como um toque de sininho: Domremy.
E que quando ela ia apascentar as ovelhas da família, as vozes de duas santas ‒ Santa Margarida e Santa Catarina ‒ falavam com ela.
E explicavam-lhe que ela tinha que ir para a França, para salvar o reino, e como é que seria, etc., etc.
Aquela virgem encantadora, em determinado momento partiu. Apresentou-se ao Rei.
E disse que ela era mandada por Deus, etc., etc.
Afinal de contas, o Rei aceitou e a pôs, a ela fraca e débil, à frente de um exército que era um dos mais fortes da Europa.
Ela, na sua debilidade virginal e encantadora, comandou e foi empurrando os ingleses quase completamente para fora da França.
Era uma pastora chamada a brilhar na corte de um rei.
Era uma virgem chamada a viver num campo militar onde, infelizmente, tantas e tantas vezes a linguagem é impura, a presença das mulheres perdidas se faz notar, etc., etc.
E, entretanto, ela ali reluzia como um círio de cera puríssima em plena noite.
Bem, não é mais bonito que ela tenha sido uma pastorinha do que ela tivesse sido filha de um príncipe?
(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira. Sem revisão do autor).
Vídeo: Visita à casa de Santa Joana d'Arco em Domremy
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