terça-feira, 5 de setembro de 2017

Harmoniosa complementaridade entre o castelo e a casa camponesa

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






A imagem representa uma excursão de camponeses mais abastados.

Serão, tal vez, proprietários pequenos ou médios de propriedades rurais.

Eles se divertem num passeio em bote pelo canal.

O homem está tocando uma flauta, um moça está tocando um bandolim, um homem atrás rema.

Eles estão andando num canal que vai ao longo de um castelo.

O castelo tem beleza arquitetônica. A harmonia das linhas, o belo reflexo sobre as águas, os cisnes nadam num grande sossego.

Bem em frente do castelo há uma casa de plebeus.

Entre o castelo e casa dos campônios se estabelece naturalmente uma comparação muito bonita de duas classes sociais: o castelo é mais nobre, rico e belo, mas em frente dele reina a fartura e a comodidade.


A poesia, a quietude, a tranquilidade caracteriza essas habitações camponesas, feitas por populares cuja manifestação de bom gosto é menos acentuada do que nos nobres.

A casa tem um aconchego e uma beleza insuspeitados para os dias de hoje, mas essas eram construções normais para a Idade Média.

A vida dos senhores no castelo é severa, grave, cheia de solenidade.

Na casa popular vive-se sem as preocupações que tem o nobre, vida folgada, bem alimentada, agradável, aconchegante, cheia dos atrativos da despreocupação.

Fartura plebeia e esplendor aristocrático vivem face a face em perfeita harmonia.

Entre as duas residências há um valo, onde passeiam as figuras principais. Qual é a razão de ser desse valo?

A razão de ser desse valo é defender o castelo.

Quando os adversários atacarem o castelo, deita-se uma ponte que vai do castelo até a margem e as famílias de camponeses refugiam com seus haveres, seu gado, às vezes com seus móveis dentro do castelo.

O castelo não é mera residência do senhor feudal. Ele é uma fortaleza aonde o senhor feudal reside.

Mas, é bastante grande para conter a população da aldeia plebéia que mora junto, dos trabalhadores manuais esparsos pela propriedade, todos eles se defendem dentro do castelo.

E é por isso que tantas vezes, na Idade Média, encontra-se duas ou três aldeias próximas dos castelos.

Porque eles estando próximos da fortaleza do senhor, em caso de necessidade, ali eles se refugiam e defendem.

No momento a ponte não figura. É um recurso do artista para deixar ver a água que é muito bonita.

Mas dizer que o castelo era só a residência do senhor feudal é tão estúpido como dizer hoje que um quartel é só residência do comandante.

Porque o castelo era o quartel e a garantia de segurança da Idade Média.




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