quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Bruges: vida repousante, comércio e artesanato intenso e elevado

Bruges, Bélgica, tranqüilidade, repouso e segurança
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Um povo tem obrigação de estar sempre progredindo. Também não é normal que esteja o tempo inteiro progredindo.

Assim como um homem que trabalha muito em certas horas do dia ou em certas fases de sua vida, e depois descansa para acumular capacidade de ação e depois se lançar mais na ação, assim também os povos têm legitimamente períodos de repouso.

Não se trata de uma decadência, mas de um repouso num píncaro. E, partir desse píncaro, voltando à ação ele sobe para mais alto.

Não é um repouso de decadente, é um repouso de equilibrado que quer respirar antes de continuar a escalada.

Bruges, Bélgica, atividade comercial e artesanal intensa
Então, por exemplo, a cidade de Bruges, também chamada Bruges la Morte, não era morta. Ela é uma cidade que dá o exemplo de como repousar meditativamente.

Com aqueles canais, as águas paradas, as casas que parecem feitas para a gente debruçar-se e ficar olhando a água.

A água é uma das coisas mais sugestivas que há. Ela tem um papel no conjunto das belezas do mundo.

A água em Bruges tem um papel que não tem em Veneza, que é outra cidade de águas. Veneza é estimulante. Veneza é tão, tão bonita, de uma beleza atuante que é estimulante.

Mas, Bruges é repousante. Várias vezes eu tenho feito projetos de ir descansar em Bruges.

Bruges, Bélgica
Assim, há civilizações e panoramas de repouso. Por exemplo, certos panoramas da Suíça: montanhas com neve, um lago bem azul, um pouquinho de gado numas encostas comendo, uma igrejinha que às 6 da tarde toca o Ângelus e que o eco repercute em todas aquelas vastidões, etc. Tudo isso é repousante.

Assim também, as civilizações conhecem seus repousos. Mas não se trata de não progredir, trata-se apenas de respirar entre dois progressos.

Por exemplo, a vida do campo é uma vida de trabalho, mas repousa. Tem seu papel para equilibrar as cidades.

Só há uma coisa que eu acho nitidamente desequilibrada: é a vida das grandes cidades modernas, com corre-corre, com essas loucuras, isso eu tenho horror, embora viva numa delas.


Vídeo: De barco, pelos canais de Bruges




(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, 1/4/92. Sem revisão do autor.)




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2 comentários:

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