Festa de aniversário, William Powell Frith (1819 – 1909), Mercer Art Gallery, Harrogate Museums and Arts |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Continuação do post anterior: Por que os filhos parecem com os pais As forças misteriosas da hereditariedade
Três elementos – a hereditariedade de corpo, de alma e o ambiente moral – completados com outros, como a expressão da mentalidade da família no modo de ser cortês, no modo de conversar, de decorar a casa, de cozinhar, de tratar os negócios, no modo até de conceber as relações afetivas, o casamento, o noivado, etc, todo este conjunto constitui a tradição que uma família transmite.
Se estas forças podem ser extraídas, desenvolvidas e firmadas pela família, a família deve produzir esta tradição.
Chamamos estirpe uma família que assim produz uma tradição: um tipo físico muito continuado, um tipo de constituição psíquica e nervosa muito definida, um tipo de virtudes, e às vezes também de defeitos muito definidos, um sistema de vida, um estilo de existência, tudo muito definido.
Estirpe é uma família que carreia consigo uma grande densidade de tradição, sob todos estes aspectos, e que constitui um todo homogêneo e igual a si mesmo, através de vários séculos.
Os homens passam, a estirpe é sempre a mesma; como um rio, em que a água passa, mas ele é sempre o mesmo.