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A dignidade dos camponeses se reflete em suas roupas e na distinção no trabalho. |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
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Valerão como um hino à glória do camponês as miniaturas das
Très riches heures du Duc de Berry ou o
Livre des prouffictz champestres, iluminado pelo bastardo Antoine de Bourgogne, ou ainda os pequenos quadros dos meses na fachada de Notre-Dame e em tantos outros edifícios.
Notemos que em todas estas obras de arte, executadas pela multidão ou pelo amador nobre,
o camponês aparece na sua vida autêntica: removendo o solo, manejando a enxada, podando a vinha, matando o porco.
Haverá uma outra época, uma só, que possa apresentar da vida rural tantos quadros exatos, vivos, realistas?
Que individualmente determinados nobres ou determinados burgueses tenham manifestado desdém pelos camponeses, é possível e mesmo certo.
Mas isso não existiu em todas as épocas?
A mentalidade geral, contando com hábitos sarcásticos da época, tem muito nitidamente consciência da igualdade fundiária dos homens no meio das desigualdades de condição.
O jurista Philippe de Novare distingue três tipos de humanidade:
as “gentes francas”, isto é, “todos aqueles que tiverem franco coração; [...] e aquele que tiver coração franco, donde quer que tenha vindo, deve ser chamado franco e gentil, porque se é de um mau lugar e é bom, tanto mais honrado deve ser”.