Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
Para Henry Goddell, presidente do Massachusetts Agricultural College, os monges salvaram a agricultura durante 1.500 anos.
Eles procuravam locais longínquos e inacessíveis para viver na solidão.
Lá, secavam brejos e limpavam florestas, de maneira que a área ficava apta a ser habitada.
Novas cidades nasciam em volta dos conventos.
O terreno em torno da abadia de Thorney, na Inglaterra, era um labirinto de córregos escuros, charcos largos, pântanos que transbordavam periodicamente, árvores caídas, áreas vegetais podres, infestados de animais perigosos e nuvens de insetos.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
Uma forma característica de remanso é o aconchego da cidade cercada de muros, com portas que se fecham durante a noite, guardas, sentinelas, etc.
Enquanto do lado de fora tem o inimigo, a proximidade do assalto noturno e outros perigos.
As casas populares procuravam proteção junto ao castelo
Outra forma é o remanso do castelo, num grande campo, junto ao qual as cabanas dos agricultores se reúnem como filhas medrosas em torno da mãe.
O castelo enorme tem encostada uma aldeiazinha a seu lado.
Essa proximidade permite aos aldeões irem correndo para dentro do castelo se houver ataque.
De maneira que todos dormem ao seu lado.O castelo é o grande remanso.
Mas não era moleza. Durante o dia todos trabalham.
Acresce que a guerra era frequente na Idade Média.
Também, os medievais empreendiam viagens enormes, romarias a cidades longínquas que podiam durar meses ou anos, Cruzadas e aventuras da toda ordem.
É o contraste.
A gente deve imaginar assim cidades como a de Bruges tão encantadora com seus canais.
Hoje, ela ficou meio parada.
Distensão que restaura a hierarquia das coisas
Considerando esse conjunto, o remanso fica delicioso.
É um remanso cheio de calor humano, cheio de aconchego, e que não é um remanso para a vida inteira, mas uma alternativa para a luta, o trabalho e a aventura.
São ocasiões em que toda a sensação de perigo se afasta, e o homem se distende inteiro.
E, nessa distensão, as coisas retornam à sua verdadeira hierarquia.
O grande aconchego e paz do lar medieval
Porque, na atividade febricitante perde-se o senso da boa ordem, mas nessa distensão as coisas retomam sua verdadeira hierarquia. Isso é propriamente o remanso.
Imaginemos, por exemplo, o comerciante que passou o dia inteiro posto na sua loja.
Ele chega a noite em casa, as atividades comerciais estão encerradas, e ele entra num ambiente tão diferente de sua atividade comercial, que fica como que forçado a não pensar mais nela.
Então aí o comércio fica de lado e a hierarquia de valores se restabelece.
Restabelecendo-se, ele é capaz de “distância psíquica”.
Tudo isto é bonito e atraente.
Há nisto um equilíbrio, uma ordem, uma afinidade com a natureza humana, que torna isso belo.
O recolhimento não é o contrário da ação.
O recolhimento é a fonte da ação.
As grandes ações do homem se resolvem nas horas de recolhimento.
Então, o recolhimento assim vivido não é um convite à preguiça.
Ele restaura as forças para continuar a ação, e por causa disto ele é belo.
(Fonte: Plinio Corrêa de Oliveira, 29/4/67. Sem revisão do autor.)
Vídeo: Paz da cidade medieval - Casas populares da Inglaterra
Luis Dufaur Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs Na...
Inscreva-se gratis
Civilização Cristã: triunfo do Evangelho em toda a vida
"O que é uma civilização cristã senão aquela em que todas as esferas da vida pública e privada, os costumes, as instituições, a cultura, a arte, a economia, a política e as leis recebem o influxo do Evangelho?"