Ana de Bretanha |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Há quem pense que na Idade Média o papel da mulher era o de submissão total e completo ostracismo.
Há quem cogite que se pensava que a alma da mulher não era imortal ‒ afirmação gratuitamente preconceituosa e contraditória (se a alma é espiritual e imortal, como a alma feminina não seria? Seria uma alma mortal?).
Felipa de Henault |
Não é estranho que os primeiros mártires cristãos tenham sido mulheres (Santas Agnes, Cecília, Ágata etc)?
Como venerar a Virgem Maria como cheia de graça e considerá-la desalmada?
A historiografia contemporânea simplesmente apagou a mulher medieval.
Isabel de Baviera |
Por exemplo, no plano social.
Dentro dessa perspectiva desapareceram da história personagens como Hilda de Whitby, que no século VII fundou sete mosteiros e conventos, ou quem sabe a religiosa alemã Hroswitha de Gandersheim, autora de dezenas de peças de teatro.
Em Bizâncio, numerosas eram as mulheres na universidade.
Anna Comnena fundou em 1083 uma nova escola de medicina onde lecionou por vários anos.
Eleonora da Aquitânia, enquanto rainha, desempenhou um importante papel político na Inglaterra e fundou instituições religiosas e educadoras.
Nos tempos feudais a rainha era coroada como o rei, geralmente em Reims ou, por vezes, em outras catedrais.
Cristina de Pisan lé para populares |
A última rainha a ser coroada foi Maria de Medicis em 1610, na cidade de Paris.
Algumas rainhas medievais desempenharam amplas funções, dominando a sua época; tais foram Eleonora de Aquitânia (+1204) e Branca de Castela (+1252); no caso de ausência, da doença ou da morte do rei, exerciam poder incontestado, tendo a sua chancelaria, as suas armas e o seu campo de atividade pessoal.
Verdade é que a jovem era dada em casamento pelos pais sem que tivesse livre escolha do seu futuro consorte.
Todavia observe-se que também o rapaz era assim tratado; por conseguinte, homens e mulheres eram sujeitos ao mesmo regime.
(Fonte: Régine Pernoud, “Idade Média ‒ o que não nos ensinaram”).
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Adoro história!Gostei muito da sua postagem, muito instrutiva
ResponderExcluirParabéns!
Muito bom o tema. Mas perginto: e as referencias bibliográficas?
ResponderExcluirFonte: Régine Pernoud, “Idade Média ‒ o que não nos ensinaram
ExcluirAs mulheres na Idade Média, além de exercerem o papel tradicional de esposas, mães e filhas, também se ocupavam de diversos outros papéis sociais. Muitas mulheres tinham uma profissão e até conduziam alguma forma de negócio sem tutela de seus maridos, de forma autônoma. Por exemplo, os registros documentais de Paris do século XIII apresentam mulheres professoras, médicas, boticárias, tintureiras, copistas, miniaturistas, encadernadoras, arquitetas, mas também alguns papéis de liderança importantes, tais como abadessas e rainhas. Além disso, as mulheres tinham direito de voto nas comunas burguesas.
ResponderExcluirfazer copy paste da wikipedia não é acrescentar informação nênhuma, nô, nô
Excluir#VoltaIdadeMedia
ResponderExcluir#MentiramPraNos
Muito obrigada ajudou muito ❤
ResponderExcluirO filósofo Robert Phillips mostra que só pelo catolicismo foi possível existir as comunidades religiosas de mulheres que se auto-governavam, algo que jamais houve no mundo antigo. É por isso que houve muitas santas. Pergunta Phillips: “Onde no mundo as mulheres eram capazes de manter suas próprias escolas: conventos, colégios, hospitais, e orfanatos fora da Igreja?” (“Last Things First”, Fort Collins, Colo.: Roman Catholic Books, 2004; 104.)
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