Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
De um certo ponto de vista, o homem de paz, de uma profissão pacífica, era muito mais do que o guerreiro.
Mas de outro ponto de vista ele era muito menos.
Porque o guerreiro corria o risco por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Ele dava a vida por Nosso Senhor e ali entravam a glória incomparável do martírio.
Toda santidade tem glória, mas o martírio tem uma glória especial.
Dessa glória era participante o guerreiro que guerreia por Deus, por Nossa Senhora, etc.
Uma forma de cavalaria que se adulterou muito, etc., mas cujo ideal era muito bonito, era a cavalaria andante.
O cavaleiro que ia sozinho ou em grupo de dois ou três por vales e montes, para procurar as injustiças para reparar.
Então, defendia as viúvas, os órfãos, os pobres oprimidos por um senhor tirânico, etc.
Enfim, ele restaurava a prática da Lei de Deus onde quer que se encontrasse. É muito bonito.
Então, ver no alto de uma montanha a silhueta de um cavaleiro que anda. Está à procura do quê? De um mal a esmagar.
Do alto de uma montanha — eu estou pensando nas montanhas da Espanha, que são magníficas porque dão a impressão de que elas caíram do céu durante um acontecimento cósmico fabuloso —num cavalo magro, um cavaleiro vai andando com o sol batendo na couraça, no capacete, e não prestando atenção em nada.
O que ele está fazendo? É um cavaleiro andante que está à procura de uma injustiça para reparar. É muito bonito.
Historicamente isso se deteriorou, mas é muito bonito.
(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, 28/2/91. Sem revisão do autor)
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