segunda-feira, 23 de agosto de 2021

A tradição familiar, as estirpes e o governo do Estado

Festa de aniversário, William Powell Frith (1819 – 1909), Mercer Art Gallery, Harrogate Museums and Arts
Festa de aniversário, William Powell Frith (1819 – 1909), Mercer Art Gallery, Harrogate Museums and Arts
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Continuação do post anterior: Por que os filhos parecem com os pais As forças misteriosas da hereditariedade




Três elementos – a hereditariedade de corpo, de alma e o ambiente moral – completados com outros, como a expressão da mentalidade da família no modo de ser cortês, no modo de conversar, de decorar a casa, de cozinhar, de tratar os negócios, no modo até de conceber as relações afetivas, o casamento, o noivado, etc, todo este conjunto constitui a tradição que uma família transmite.

Se estas forças podem ser extraídas, desenvolvidas e firmadas pela família, a família deve produzir esta tradição.

Chamamos estirpe uma família que assim produz uma tradição: um tipo físico muito continuado, um tipo de constituição psíquica e nervosa muito definida, um tipo de virtudes, e às vezes também de defeitos muito definidos, um sistema de vida, um estilo de existência, tudo muito definido.

Estirpe é uma família que carreia consigo uma grande densidade de tradição, sob todos estes aspectos, e que constitui um todo homogêneo e igual a si mesmo, através de vários séculos.

Os homens passam, a estirpe é sempre a mesma; como um rio, em que a água passa, mas ele é sempre o mesmo.

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Por que os filhos parecem com os pais
As forças misteriosas da hereditariedade

No ambiente familiar se transmite um espírfito único de geração em geração, Hugo Engl (1852 - 1926). Wikimedia Commons
No ambiente familiar se transmite um espírito único de geração em geração,
Hugo Engl (1852 - 1926). Wikimedia Commons
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Continuação do post anterior: No feudalismo os povos florescem e saem do caos



Num discurso à nobreza romana, Pio XII fala das forças misteriosas da hereditariedade.

São misteriosas, de fato, pois que até hoje os biologistas não conseguiram definir satisfatoriamente as regras que presidem a hereditariedade.

Mas ela é um fato, e muito importante, constatado sob mil aspectos diversos.

Cada homem traz dentro de si várias hereditariedades.

Somos a resultante biológica de um sem número de correntes de vida, que vieram ter em nós o seu ponto de encontro.

Assim como numa lagoa existem águas de diversos rios que nela desembocam, assim existem em nós essas hereditariedades.

Somos recipientes em que várias correntes do passado se fundem.