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| Nobre dirige os trabalhos da agricultura no feudo. Todos os detalhes exibem abundância e boa organização da produção, além de camponeses bem vestidos e educados. |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Cabe-nos o direito de aceitar sem contestação a lenda do camponês miserável, inculto (esta é uma outra história) e desprezado, que se impõe ainda em grande número dos nossos manuais de História?
Veremos que o seu regime geral de vida e de alimentação não oferecia nada que deva suscitar piedade.
O camponês não sofreu mais na Idade Média do que sofreu o homem em geral, em todas as épocas da história da humanidade.
Sofreu sim a repercussão das guerras, mas terão elas poupado os seus descendentes dos séculos XIX e XX?
Além disso, o servo medieval estava livre de qualquer obrigação militar, como a maior parte dos plebeus.
E o castelo senhorial era para ele um refúgio na desventura, a paz de Deus uma garantia contra as brutalidades dos homens de armas.
Sofreu a fome nas épocas de más colheitas, como da mesma forma sofreu o mundo inteiro, até que as facilidades de transportes permitiram levar ajuda às regiões ameaçadas.
Mesmo a partir dessa altura... Mas o camponês tinha a possibilidade de recorrer ao celeiro do senhor.
A única época realmente dura para o camponês na Idade Média — que também o foi para todas as classes da sociedade indistintamente — foi a dos desastres produzidos pelas guerras que marcaram o declínio da época.
Período lamentável de perturbações e de desordens, engendradas por uma luta fratricida durante a qual a França conheceu uma miséria que só se pode comparar à das guerras de religião, da Revolução Francesa ou do nosso tempo.
Bandos de plebeus devastando o país, fomes provocando revoltas e insurreições camponesas, e para cúmulo essa terrível epidemia de peste negra, que despovoou a Europa.
Mas isso faz parte do ciclo de misérias próprias da humanidade, e das quais nenhum povo foi isento. A nossa própria experiência basta largamente para nos informar sobre isso.
Terá o camponês sido o mais desprezado?
Talvez nunca o tenha sido menos, de fato, do que na Idade Média.
(Autor: Régine Pernoud, “Lumière du Moyen Âge”, Bernard Grasset Éditeur, Paris, 1944)
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De fato, são conteúdos de supra importância para desenvolvermos o intelectualismo e, não seja diferente, atualizarmos nossas compreensões pertinentes ao passado histórico da civilização que, mesmo diante da sua colcha de retalhos, cada marco contribuiu com o nosso idealismo pátrio.
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