Paço municipal de Bremen: o símbolo da autonomia da cidade |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Bremen é uma das mais gloriosas cidades medievais da Alemanha.
As cidades de Bremen, de Hamburg, de Lübeck e de Danzig eram as quatro cidades pivots da Liga Anseática.
Eram cidades que adotavam uma forma de governo burguesa em que as corporações elegiam uns tantos representantes, que constituíam a Câmara Municipal.
De fato, o governo da cidade acabava tocando a uma oligarquia de famílias, que constituía uma aristocracia monetária dedicada ao comércio e à indústria.
Elas se ligaram e formaram a famosa Liga Anseática que chegou a ter marinha de guerra própria a era tão rica que emprestava dinheiro até aos imperadores do Sacro Império Romano Alemão.
Durante algum tempo foi uma das maiores potências da Europa.
Como essas cidades eram governadas pelas prefeituras e o paço municipal era o símbolo da autonomia da cidade, elas procuravam fazer prédios municipais muito bonitos e dignos.
Os Países Baixos e a Alemanha eram lugares de municipalismo muito desenvolvido com paços municipais que eram verdadeiros palácios régios.
O paço municipal — Rathaus (em alemão), ou Casa do Conselho — de Bremen tem uma praça e ao fundo a Catedral. A Catedral, a praça e a prefeitura formam um só conjunto visual.
Praça de Bremen: irregular mas com simetria, disposição muito judiciosa e adequada |
Ela evita ficar como as praças de certas cidadezinhas — simétricas, chão batido, com poças d'água, milho, galinha, pinto postas ao contrário das obras de Deus, sem conta, sem peso e sem medida.
O urbanismo moderno não usa jato d'água. Um jato d'água elegante, leve, bonito, poderia atenuar a irremediável das técnicas modernas.
A praça tem uma torre colocada num lugar assimétrico, mas que é antiga e que condiz com o monumento. Este edifício com algumas figuras no alto é antigo também.
Todo o ambiente é antigo. O ambiente é renascentista com reminiscências medievais.
(Fonte: Plinio Corrêa de Oliveira, 14.8.67, não revisto pelo autor)
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