Mestre de obras instrui os pedreiros que estão com seus instrumentos |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Os instrumentos de trabalho são sensivelmente os mesmos de que nos servimos até ao século XIX, antes do desenvolvimento do maquinismo e da motorização da agricultura.
É necessário contudo mencionar que o carro de mão, cuja invenção uma tradição bem estabelecida atribui a Pascal, já existia na Idade Média, em tudo semelhante àquele de que nos servimos atualmente.
É possível ver manuscritos do século XIV cujas iluminuras mostram trabalhadores transportando pedras ou tijolos em carros de mão, dos quais sustentam um dos braços por meio de uma corda passada sobre o ombro, para poderem transportar mais facilmente a carga. O processo ainda é usado pelos nossos operários.
Devem-se várias invenções à Idade Média, e a sua importância tornou-se demasiado grande com o andar dos tempos, não admitindo que sejam passadas em silêncio: a albarda (jugo) dos cavalos, por exemplo.
Até então a atrelagem concentrava todo o esforço sobre o peito do animal, de tal modo que uma carga um pouco mais importante produzia o risco de sufocação.
Foi no decurso do século X que apareceu a engenhosa ideia de atrelar os animais de carga de modo a que fosse o corpo inteiro a suportar o peso e esforço requeridos.
Esta inovação deveria introduzir uma profunda renovação dos costumes, pois a tração humana havia sido até então superior à animal (Cf. Lefèbvre des Noettes, L'attelage à travers les âges, Paris, 1931).
Ao inverter a ordem das coisas, tornava-se fácil e possível na prática a supressão da escravatura, necessidade econômica da Antiguidade.
A invenção do jugo simplificou o trabalho e multiplicou a produção agrícola |
Essa revolução foi definitiva a partir do dia em que cavalos e burros se encarregaram de uma parte do trabalho humano.
O mesmo se deu com a invenção do moinho hidráulico, depois o moinho de vento, que deveria proporcionar um passo considerável à humanidade, suprimindo a imagem clássica do escravo atrelado à mó.
De alcance menos profundo, mas de incontestável comodidade, o processo que permite a uma viatura girar facilmente sobre si própria, graças ao dispositivo que torna as duas rodas da frente independentes das rodas de trás, não deveria contribuir menos para o progresso e o conforto.
Basta pensar no espaço que devia ser necessário para virar os grandes carros carregados de cereais ou de forragem, e nos atropelos daí resultantes.
É mais que certo que estas invenções tiveram mais efeito do que outras sobre o bem-estar da arraia-miúda, contribuindo sem sobressaltos nem despesas para melhorar eficazmente a sua sorte.
A estas invenções, que deviam modificar radicalmente as condições do trabalho humano, é preciso acrescentar as da bússola e da barra do leme, não menos importantes na história do mundo.
Os progressos da navegação foram por elas decuplicados, o que em parte explica essa intensa circulação a que se assiste no século XIII.
(Autor: Régine Pernoud, “Lumière du Moyen Âge”, Bernard Grasset Éditeur, Paris, 1944)
GLÓRIA CRUZADAS CASTELOS CATEDRAIS HEROIS ORAÇÕES CONTOS SIMBOLOS
Gosto muito desses documentários!
ResponderExcluirDurante alguns anos fui fabricante de Móveis em Estilo Medieval, e ainda tenho algumas peças a serem comercializadas.
Os senhores teriam ideia, onde posso estar oferecendo?
No aguardo, agradeço desde já suas atenções,
Atenciosamente
Alicia Ramirez
Designer de Interiores - L'ecole Móveis e Decorações
Phone: +55 11 5093-3329 - mobile: +55 11 99677-0507
Av. Morumbi, 7867 - 04703-003 - Brooklin
São Paulo-SP - Brasil