Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Longe da banalidade comercial, o sorriso sobrenatural do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo enchia de alegria suave e de aconchego as praças de cidades e aldeias, de palácios e choupanas da Idade Média.
A tradição, embora deformada, pervive até hoje.
Trata-se das feiras de Natal que ainda dominam em cidades alemãs, austríacas, alsacianas, etc., na Europa.
Elas constituem um eco saudoso, requintado em épocas posteriores, do Natal medieval.
Cheiro de ervas, amêndoas torradas, vinho, cravo, canela, incenso e resina de pinheiro.
Enfeites natalinos que falam não ao corpo mas à alma nos fazem reviver as profundas alegrias da infância.
Alegrias que a festa do nascimento do Menino Jesus reaviva em toda alma reta.
Luz de vela, utensílios de madeira: tudo relembra o aspecto material rude da Gruta de Belém.
Ao mesmo tempo, parece ecoar a insondável luz sobrenatural da graça, do cântico dos anjos, da alegria ingênua e enlevada dos pastores, do maravilhamento entusiasmado dos Reis do Oriente diante do Menino Deus.
Rudes também foram os tempos medievais em que começou a se definir a tradição das feiras de Natal. Foram tempos de invasões pagãs, de Cruzadas...
Mas foram tempos em que homens rudes como um Carlomagno, imperador e guerreiro, vertiam lágrimas de ternura e veneração ajoelhados aos pés do presépio.
Então tornava-se realidade palpável o cântico dos anjos: Glória a Deus no alto dos Céus e paz na terra aos homens de boa vontade!
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