terça-feira, 11 de novembro de 2014

A Cavalaria andante: seu lugar na Justiça medieval

São Jorge foi um modelo inspirador do cavaleiro andante. Igreja de S. Jorge, Hanworth, Inglaterra
São Jorge foi um modelo inspirador do cavaleiro andante.
Igreja de S. Jorge, Hanworth, Inglaterra

Uma forma de cavalaria que historicamente se adulterou muito nos últimos séculos da Idade Média, mas cujo ideal era muito bonito, era a cavalaria andante.

O cavaleiro andante tinha um lugar especial dentro da aplicação da Justiça medieval.

A cavalaria andante estava composta por um cavaleiro que ia sozinho, ou em grupo de dois ou três, por vales e montes, a fim de procurar as injustiças para reparar.

Então, defendia as viúvas, defendia os órfãos, defendia os pobres que estão sendo oprimidos por um senhor tirânico, etc.

Enfim, restaurava a prática da lei de Deus onde quer que se encontrasse. É muito bonito.

Imagine ver subitamente no alto de uma montanha a silhueta de um cavaleiro que anda: está à procura do quê?

De um mal a esmagar.

O cavaleiro andante e as virtudes que deve praticar.
O cavaleiro andante e as virtudes que deve praticar.
Do alto de uma montanha, num cavalo magro, um cavaleiro vai andando com o sol batendo na couraça, no capacete, e ele andando e não prestando atenção em nada.

O que é?

É um cavaleiro andante que está à procura de uma injustiça para reparar. É muito bonito.

Historicamente a cavalaria andante se deteriorou e acabou desaparecendo.

Mas, deixou a lembrança e admiração que suscita uma instituição em si mesma muito bonita e que exige muita virtude para ser bem exercida.

(Autor: Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, 28/2/91. Sem revisão do autor)


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